CORPOMENTEEALMA#NEGRO 360º #CORPO NEGRO POLÍTICO

Com curadoria assinada por Alexandre Salles, esta edição foi pensada a partir de três eixos conceituais, os quais estabelecem um diálogo transversal e multidisciplinar entre si, com o intuito de omentar possibilidades de entendimento e interconexões sobre a produção artística e cultural negra contemporânea, através do reconhecimento da qualidade e abrangência de suas diferentes manifestações e como estas, têm impostante papel na construção (e fomento) do ethos cultural afro-brasileiro.

Negro 360º: Estabelece a ação provocativa de incentivar o reconhecimento da presença negra como mutiplataforma cultural.

CORPOMENTEEALMA: Estabelece o olhar sobre a constituição da presença negra, em multicamadas, através de recortes poéticos e simbólicos.

Curador

Ale Salles

Curador

Curador da NegrArte, arquiteto e mestre em Semiótica Urbana (FAU-USP), pesquisador e curador nas áreas de arte, design e arquitetura. É Coordenador da graduação e da pós-graduação em Design de Interiores e Design de Mobiliário do Instituto Europeu di Design – IED São Paulo. Fundou em 2011, o Estúdio Tarimba, escritório multidisciplinar com foco em projetos e pesquisas em arquitetura, arte e design. Colaborou em projetos como o Milan Design Week, intercâmbio cultural na Fundación Universitaria Bellas Artes Medellín e em eventos que fomentam as artes e o resgate cultural brasileiro, como a Semana Criativa de Tiradentes. Tem realizado curadoria para exibições e produção de conteúdo para organizações e instituições culturais como Museu da Casa Brasileira, Casa Fiat (BH), entre outros.

Homenageado da Edição

Sidney Amaral

A produção e a memória do artista plástico paulistano Sidney Amaral (1973-2017) serão homenageadas na primeira edição de #NegrArte, que acontecerá entre os dias 13 a 15 de maio.

O artista que faleceu precocemente aos 44 anos, vítima de um câncer, foi um homem que compartilhou em suas obras a própria existência como afrodescendente, que conviveu com as marcas do racismo. Seus trabalhos foram produzidos em diferentes linguagens: aquarelas, pinturas e esculturas, todas com narrativas que denunciam, do passado ao presente, a violência sofrida pelos corpos negros na sociedade brasileira. E tem como centralidade o racismo estrutural e os resquícios da escravidão que ainda se fazem tão presentes.

Palestrantes Convidados

Melvin Santhana

Cantor, compositor e multi-instrumentista paulistano, que desde o início de sua carreira dialoga sobre musicalidade negra com forte influência yoruba- nagô na diáspora africana. Com uma vasta trajetória dentro do cenário musical, atua há 20 anos percorrendo diversos circuitos e estéticas da musicalidade negra atual. Ele que atuou em bandas como Os Opalas e já se conectou com artistas de peso como Jair Rodrigues, Tony Tornado, Sandra de Sá, Wilson Simoninha, Negra Li, entre outros. Seu primeiro disco solo autoral traz uma bagagem multicultural, crítica, inovadora e sofisticada espelho de suas experiências, as faixas Nascimento e Abre Alas, trazem em suas linhas questões socioculturais negras pertinentes embebidas de referências culturais e artísticas que trazem pertencimento a sua identidade. Além da música, Melvin também dialoga diretamente com o teatro e o cinema, fazendo parte de projetos importantes como Farinha do Açúcar do Coletivo Negro e Axogun do Aurora Filmes.

Hudson Rodrigues

Hudson Rodrigues é fotógrafo e diretor criativo, um homem negro natural de São Paulo - SP, Brasil. Formado em design gráfico, começou a fotografar em 2007 e, tem um trabalho voltado para uma cena urbana e o seu cotidiano retratando alguns aspectos da vida em uma cidade grande e seus personagens, mas não deixando de lado outros temas e aspectos que fogem do meio urbano.

Ele faz das imagens sua forma de entender sua própria existência, como uma reflexão pessoal, muitas vezes filosófica, de como levamos a vida e a enxergamos. Assim, ele está sempre aberto para mudanças na sua linguagem fotográfica e temas. Entre suas publicações como fotógrafo, seu trabalho já esteve na Rolling Stone Brasil, Vice, Eyeshot Street Fashion, omenelick2ato e mais.

Sua primeira exposição individual, em 2018, se deu no MIS, Museu da Imagem e do Som, no programa Nova Fotografia, apresentando o trabalho "BAMBAS". Já em 2019, foi vencedor do Salão Nacional de Fotografia Pérsio Galembeck, que tinha como tema Diversidade.

Em 2020, o fotógrafo deu início à carreira de diretor de cena com destaque para a direção dos videoclipes dos artistas brasileiros Projota e Drik Barbosa, dentre outros projetos.

Diego Mouro

Mouro, nascido no ABC Paulista, utiliza técnicas da pintura a óleo e do muralismo. Suas obras refletem sua busca por saberes ancestrais da comunidade afro diaspórica, principalmente no Brasil. O artista aborda as belezas cotidianas pautadas nessas relações entre pessoas pretas.

Elidayana Alexandrino

Elidayana Alexandrino (1986 – Paraíba) é artista visual, educadora e pesquisadora. Graduada em Artes Plásticas, licenciada em Educação Artística pela Universidade Braz Cubas (UBC). Desde 2012 atua em museus e centros culturais, desenvolvendo visitas educativas, oficinas e curadorias. Utiliza a fotografia como suporte de expressão e desenvolve pesquisas em que relaciona imagem, memória e cotidiano, também investiga a relação entre corpo, retrato e natureza.

Sabrina Fidalgo

Sabrina Fidalgo é uma multipremiada diretora e roteirista carioca. Foi apontada pela publicação americana BUSTLE em oitavo lugar como uma das cineastas mais promissoras ao redor do mundo numa lista com 36 diretoras internacionais. Estudou na Escola de TV e Cinema de Munique (Alemanha) e cursou roteiro pela ABC Guionísta España na Universidade de Córdoba (Espanha). Seus filmes já foram exibidos em mais de 300 festivais no mundo. O media-metragem “Rainha” (2016) ganhou mais de 30 prêmios e foi selecionado para a mostra Perspectives do Festival de Rotterdam. Seu último curta “Alfazema” (2019) ganhou o troféu de Melhor Filme do Júri Popular do 29º Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, foi duplamente premiado no 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e um dos curtas finalistas do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Foi presidente do júri do 48º Festival de Gramado, se tornando a primeira mulher negra a ocupar esse posto. É colunista da Vogue Brasil, foi articulista do HuffPost Brasil e é colaboradora esporádica da coluna “Quadro Negro” da Folha de São Paulo.

Soberana Ziza

A mulher como condutora dessa nova história. A artista absorve os significados e histórias milenares transmitidas através das estampas e padronagens presentes nos tecidos africanos, inserindo estes saberes em murais de arte urbana.Seu trabalho une história, ancestralidade e arte contemporânea na busca pelos caminhos trilhados por seus ancestrais, representando a atuação do povo negro em diferentes setores como nas Artes, Engenharia e Medicina.

Alecsandra Matias de Oliveira

Doutora em Artes Visuais (ECA USP). Pós-doutorado em Artes Visuais (UNESP), Professora do CELACC (ECA USP). Mestrado em Comunicação (ECA USP). Pesquisadora do Centro Mario Schenberg de Documentação e Pesquisa em Artes (ECA USP). Membro da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA). Autoria do livro Schenberg: Crítica e Criação (EDUSP, 2011). Colaboradora da Revista DasArtes, Jornal da USP e Revista USP.

Janette Santiago

Janette Santiago é artista da dança, atriz, educadora, orientadora corporal e tem extensa experiência em teatro infantil como manipuladora de bonecos. Foi professora no programa de formação em dança e em cursos livres na Escola de Dança de São Paulo (Antiga Escola de Bailado - Teatro Municipal de São Paulo) e no projeto Fábricas de Cultura Núcleo Luz e Jaçanã. É professora regular de Dança na Sala Crisantempo.Desde 2020 faz parte do corpo docente da Escola Livre de Teatro de Santo André. Como orientadora corporal trabalhou com a Cia. Os Crespos, Cia. Arnesto Nos Convidou, Cia. Ludens, a Velha Companhia e Cia.Persi, entre outras.No âmbito da dança tem como principal referência às danças de matrizes negras e qualquer estímulo que a faça mover e refletir sobre a sua atuação e existência como mulher negra, mãe e artista. Toda a sua experiência se deu através de estudos práticos com mestres e professores. Em 2019 estreou o experimento poético "ARA" com o músico Rômulo Nardes, e no mesmo ano performou na exposição "Ounje" - Alimento dos Orixás no Sesc Ipiranga. Participou da Série "Nós Negros"-  SescTv (2018) performance vídeo artístico e no videodança "Sobretudo"(2017), exibido em vários festivais e na Bienal de Dança de 2019 , ambos com a direção de Ana Paula Mathias. Em 2020 participou do projeto IC para Crianças do Itaú Cultural e do projeto Obìnrin - Corpo e Voz para Resistir. Em 2021 estreia a videodança A TORRE, com direção de Vinícius Dantas e participa do 1º Encontro de Dança, Voz e Cultura Negra de Carapicuíba com o Solo OMI. Atualmente é professora na Escola Livre de Dança de Santo André.

Wagner e Janaina

Atuamos como artistas, pesquisadores e professores, desenvolvemos em parceria uma série de pesquisas artísticas, educativas e acadêmicas partindo de um campo de referências como exercício coletivo de conhecimentos articulados no enfrentamento contra a negação de enunciações e narrativas hegemônicas, afirmando o corpo negro, seus afetos, famílias e políticas; Sobretudo, as alianças afetivas entre mulheres e homens interrompendo os regimes de autorização discursiva sobre nossos corpos problematizando os lugares de libertação de linguagem por meio de processos de criação, práticas educativas e condutas de pesquisa.

Pietro Oliveira

O designer é Belo Horizontino, bacharel em Design de Produtos pela UEMG e Industrial Design pela Universidade Victoria da Nova Zelândia. Em 2018 fundou a CABOCO a empresa de design que une referências modernistas e regionais, com a visão de difundir o design através da conexão e valorização de artesãos locais na produção de suas peças. Pietro também trabalha em parceria com a indústria e em 2021 conquistou o título de talento em ascensão do prêmio Casa Vogue design.

Hanayrá Negreiros

É mestra em Ciência da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e desenvolve investigações com foco em histórias do vestir e de moda, com especial interesse em práticas curatoriais, fotografia, iconografia, religiosidades negras e memórias de família. Atualmente é curadora-adjunta de moda do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP).

Deri Andrade

Alagoano, vive entre São Paulo e Belo Horizonte, é pesquisador, curador e jornalista. Mestrando em Estética e História da Arte na linha de pesquisa História e Historiografia da Arte (Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo - USP), especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais (CELACC - Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da USP) e formado em Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo (Centro Universitário Tiradentes - Unit). Interessa-se pelo conceito de arte afro-brasileira, investigando a correlação entre conteúdo e forma presente nas poéticas de artistas negros/as/es. Desenvolveu a plataforma Projeto Afro, resultado de um mapeamento de artistas negros/as/es em âmbito nacional, por entender que a arte é um importante instrumento catalisador na luta antirracista. Tem passagens por instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Unibes Cultural e o Instituto Brincante. Atualmente é Curador assistente no Instituto Inhotim.

Luzia Gomes

Baiana do Recôncavo, radicada em Belém do Pará desde 2009; Poeta; Feminista Negra; Professora do Curso de Bacharelado em Museologia, na Faculdade de Artes Visuais (FAV), do Instituto de Ciências da Arte (ICA), da Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutora em Museologia pelo Programa de Doutoramento em Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT-Portugal/2018); Mestra em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA/UFPA/2012) e Bacharela em Museologia pelo Departamento de Museologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) da Universidade Federal da Bahia (UFBA/2008). Em 2017, na cidade de Lisboa/Portugal, publicou o livro de poemas Etnografias Uterinas de Mim e participou com poemas de minha autoria na antologia Djidiu: A Herança do Ouvido - Doze formas mais uma de se falar da experiência negra em Portugal em parceria com poetas de Angola, Guiné Bissau e Cabo Verde residentes em Portugal.

Stephanie Ribeiro

Arquiteta, escritora e feminista negra que acredita na arte, design e cultura como papel fundamental do ativismo negro interseccional e na responsabilidade social do arquiteto para uma sociedade mais justa e igualitária. Já teve textos seus postados em diversos portais entre eles Archdaily, Vitruvius e Casa Vogue. Recebeu em 2015 da Assembleia Legislativa de São Paulo a Medalha Theodosina Ribeiro, que homenageou seu ativismo em prol das mulheres negras. Foi uma das autoras do livro "Explosão feminista: Arte, cultura, política e universidade", de Heloísa Buarque de Hollanda, vencedor do Prêmio Rio. No ano de 2018, foi uma das brasileiras entre os afrodescendentes mais influentes do mundo, segundo o prêmio Most Influential People of African Descent (MIPAD, na sigla em inglês) e Forbes Under 30 no ano de 2020 na categoria "Design, Arquitetura e Urbanismo". Em 2020 tornou-se apresentadora do Decora no GNT.

Fábio Kabral

Fábio Kabral é escritor publicado de ficção especulativa com foco em fantasia. No momento, passa seus dias estudando, pesquisando e escrevendo seu próximo livro: um "grande épico de fantasia centralizado na mitologia afro-brasileira dos Orixás" (ainda sem nome revelado) que será publicado pela Editora Intrínseca em 2022 (ou 2023, já que o livro está dando bastante trabalho). Seus livros já publicados são: "Ritos de passagem" (Giostri, 2014, já esgotado), "O Caçador Cibernético da Rua 13" (Malê, 2017), "A Cientista Guerreira do Facão Furioso" (Malê, 2019) e "O Blogueiro Bruxo das Redes Sobrenaturais" (Malê, 2021). No tempo livre, lê muitos gibis e joga videogame por horas e horas. Neste instante, está muito ocupado escrevendo o próximo livro.

A Batucada Tamarindo

A Batucada Tamarindo é um coletivo que vem ao longo dos seus 16 anos de existência, desenvolvendo uma musicalidade fundamentada nas manifestações negras e brasileiras oriundas dos terreiros, onde a música, dança e a comida estão presentes.

Os chamados "Terreiros" têm uma grande importância nas manifestações culturais populares do Brasil, pois eles nos remetem à religiosidade e ao profano, lugar onde conseguimos ultrapassar o tempo/espaço para nos assegurar e validar nossa ligação ao imaginário e à ancestralidade. 

Renata Felinto

Renata Felinto é artista visual, pesquisadora e professora. É doutora e mestra em Artes Visuais pelo IA/UNESP e especialista em Curadoria e Educação em Museus de Arte pelo MAC/USP. É professora adjunta da Universidade Regional do Cariri/CE, associa da Associação Brasileira de Críticos de Arte. Vencedora do 3ºPrêmio Select de Arte e Educação do PIPA PRIZE 2020 tendo participado de exposições no Brasil e no exterior.

Luciara Ribeiro

Luciara Ribeiro é educadora, pesquisadora e curadora. Interessa-se por questões relacionadas a descolonização da educação e das artes e pelo estudo das artes não ocidentais, em especial as africanas, afro-brasileiras e ameríndias. É mestra em História da Arte pela Universidade de Salamanca (USAL, Espanha, 2018), onde foi bolsista da Fundación Carolina, e pelo Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, 2019), onde foi bolsista CAPES. É graduada em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, 2014) com intercâmbio na Universidade de Salamanca (USAL, Espanha, 2012). É técnica em Museologia pela Escola Técnica Estadual de São Paulo (ETEC, 2015). Atualmente é docente no Departamento de Artes da Faculdade Santa Marcelina.

Jeferson De

Estudou cinema na USP. Em 2000, publicou o manifesto black "Dogma Feijoada" se tornando referência para toda uma geração de cineastas negros no Brasil. Dirigiu os premiados curtas  "DISTRAÍDA PARA A MORTE", "CAROLINA" e "NARCISO RAP". Seu longa-metragem  "BRÓDER" estreou no Festival de Berlim. Em 2013, dirigiu a série "PEDRO E BIANCA", ganhadora do Emmy Kids Awards. Na TV, dirigiu  "ESCOLA DE GÊNIOS". Em 2019,  dirigiu a novela "BOM SUCESSO". Com o filme "M-8" (Netflix) ganhou os principais prêmios no Brasil. Em, 2021 lançou o filme "DOUTOR GAMA", sobre o abolicionista Luiz Gama. Atualmente, dirige a novela "ALÉM DA ILUSÃO" e finaliza uma minissérie sobre infância negra no canal GNT.

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